E então chega a minha vez!!!!
Nesse dia (05/04), foi a vez da exposição do meu texto,na aula da Wlad, que por sinal, muito interessante. Mas antes falemos do texto anterior, já que nesse dia tiveram dois textos de alto teor acadêmico e bem teóricos.
E como já se vinha falando muito em pós-modernidade, esses textos também não fugiram da temática, mas tal como condicionante das relações de memória, em uma realação que eu mesmo criara: MEMÓRIA -> TEMPO -> ESPAÇO. A memória como provocador mental de lembranças, que da qual estão lotadas em um determinado local do tempo e que este está relacionado a um determinado espaço, assim pontuando todo o trajeto do tempo em que pelo menos uma pequena coisa guardada na nossa mente faça-se vir a tona uma memória.
O QUE CONCLUÍ DESTE TEXTO?
Algo que já se encontrara de cara ao ler o tal texto "Tempo e Memória", são algumas conclusões, tais quais:
- memória é uma condição básica de nossa humanidade;
- a arte como forma de expressar a memória;
- suspensão e prolongamento do tempo - resistência à fugacidade.
Agora falando do texto que expus, que se relaciona com o anterior, mas pontua certas coisas como a nossa identidade como sendo algo estabelecido e enraizado pelas nossas memórias, denotando uma realidade da pós-modernidade (por isso que eu adoro estudá-la): a nossa incapacidade de manter firmes os laços com o nosso próprio passado, denuncia a construção precária de nossa identidade.
Falo isso porque é algo que acontece conosco, em nosso país, em nosso estado, em nossa cidade. Nos cria uma realidade provisória, pois colocamos nossa identidade, nossa cultura em jogo, e fazê-lo é algo arriscado, visto que construir, reconstruir ou manter uma identidade significa construir, reconstruir, ou manter uma memória. Devemos primeiramente fortalecer nossas memórias - lembre-se: memória é identidade - pontuar em nosso espaço quem somos, para a partir daí sim conhecer e apropriar-se de outras identidades, outros valores e outras referências identitárias, pois fazendo o caminho contrário, voltaremos desse caminho sem laços definidos com o nosso passado.
Após tudo isso, não fiquei até o final da aula, pois desde o início estava me sentido mal, me retirei da sala e fui parar no hospital, mas sai de lá após o texto, com uma sensação vislumbrada de como realmente as artes, a história, a linguagem, as teorias sociais pós-modernas e a literatura estão ligadas de uma forma intrínseca umas com as outras...
Com essa sensação que tive acabei por buscar um texto de um filósofo francês "JACQUES MONOD" que traduz meu pensamento:
"SE PENSE QUE, DEVANT L'ACCROISSEMENT, TOUJOURS PLUS LARGE ET PLUS RAPIDE DU CHAMP DE LA SCIENCE, LA CONFRONTATION DES DISCIPLINES DEVIENT PLUS QUE JAMAIS NÉCESSARIE".
Tradução minha: "PENSO QUE, DIANTE DO CRESCIMENTO SEMPRE MAIOR E MAIS RÁPIDO DO CAMPO DA CIÊNCIA, O CONFRONTO DE DISCIPLINAS TORNA-SE MAIS DO QUE NUNCA NECESSÁRIO".
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